O universo dos ativos digitais oferece métodos variados para buscar ganhos e gerir riscos. Duas abordagens centrais dominam o cenário: o hold, conhecido como “HODL” ou “buy and hold”, e o trade, que explora oscilações de preço no curto prazo.
Compreender as diferenças, vantagens e desvantagens de cada uma, além de definir o perfil de investidor, é fundamental para tomar decisões assertivas e alcançar resultados sustentáveis.
Hold (HODL) significa adquirir e manter criptomoedas por meses ou anos, ignorando flutuações diárias. Essa estratégia parte do pressuposto de que ativos com bons fundamentos irão se valorizar a médio e longo prazo.
Já o trade envolve operações frequentes que podem durar horas, dias ou semanas. Modalidades como day trade, swing trade e scalping exigem análise técnica, disciplina e rápida execução de ordens.
Comparar as duas abordagens em termos de frequência de operações, análise utilizada e foco temporal ajuda a escolher o método mais alinhado ao seu perfil.
No hold, as custos com taxas são reduzidos devido à baixa frequência de operações, e o investidor evita o estresse de acompanhar gráficos diariamente. Contudo, fica exposto à alta volatilidade do mercado e corre o risco de ver quedas prolongadas sem vender.
O trade, por sua vez, pode gerar lucros rápidos e frequentes ao aproveitar oscilações, além de permitir a definição de stop loss para limitar perdas. Entretanto, envolve custos operacionais elevados e requer ferramentas avançadas, além de poder causar desgaste psicológico intenso.
Antes de escolher a abordagem, avalie objetivos, tolerância a riscos e disponibilidade de tempo:
Para quem opta pelo hold:
Para traders iniciantes:
Entre 2010 e 2021, o Bitcoin valorizou mais de 500.000%, demonstrando o potencial exponencial do hold. Já traders de swing trade bem-sucedidos reportaram retornos mensais de 10% a 30% em 2021, embora muitos perderam parte dos ganhos por falta de gestão de risco.
As taxas de corretagem podem consumir até 20% do lucro em estratégias de alta frequência, tornando essencial avaliar custos antes de começar a operar com grande volume.
A volatilidade constante no mercado de criptoativos é o principal risco para ambas as estratégias. O holder precisa garantir a segurança de chaves privadas, enquanto o trader lida com o desafio de executar ordens em mercados de baixa liquidez.
Emoções como FOMO (fear of missing out) e FUD (fear, uncertainty, doubt) podem comprometer decisões em qualquer abordagem, exigindo preparo psicológico e disciplina.
Não há fórmula mágica: combinar hold e trade em proporções ajustadas ao seu perfil pode equilibrar risco e retorno. Reserve parte do portfólio para posições de longo prazo e outra para operações de curto prazo.
Escolha sempre plataformas confiáveis, atualize-se continuamente sobre novas técnicas de trading e aprofunde-se nos fundamentos dos projetos em que investe no hold.
Com a maturação do mercado de ativos digitais, as estratégias híbridas ganham espaço. Rebalanceamentos periódicos, venda parcial em picos de preço e realocação de recursos são práticas que unem o melhor do hold e do trade.
A decisão entre manter ou negociar ativos digitais deve alinhar-se ao seu perfil, objetivos e disciplina. Só assim será possível surfar as ondas de volatilidade e colher os frutos da valorização histórica desse mercado dinâmico.
Referências