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Como investir em empresas inovadoras e disruptivas

Como investir em empresas inovadoras e disruptivas

16/05/2025 - 09:45
Maryella Faratro
Como investir em empresas inovadoras e disruptivas

Investir em empresas que revolucionam mercados exige conhecimento, paciência e visão de futuro. O Brasil vem se destacando no cenário global de inovação, oferecendo oportunidades para aqueles que desejam obter retornos acima da média e participar de transformações profundas em setores tradicionais.

Fundamentos do investimento em inovação

Empresas inovadoras e disruptivas costumam apresentar alto potencial de crescimento e escala. Elas podem transformar setores estabelecidos ou criar novos mercados. No Brasil, essas iniciativas atraem recursos por meio de participações acionárias, debêntures conversíveis e outros instrumentos financeiros, visando ganhos de médio e longo prazo.

Compreender a natureza desse tipo de investimento é essencial. Além do retorno financeiro, existe a possibilidade de influenciar o desenvolvimento do negócio ao contribuir com conhecimento e rede de contatos, o chamado smart money.

Modalidades de investimento

Existem diversas formas de aportar capital em empresas emergentes e tecnológicas. Cada modalidade oferece características próprias de risco, retorno e nível de participação do investidor.

  • Fundos de Investimento em Participações (FIP) - Supervisão da CVM, gestores especializados e atuação ativa em governança corporativa.
  • Fundos Mútuos de Investimentos em Empresas Emergentes - Conhecidos como FMIEE, atuam como venture capital e private equity no Brasil.
  • Plataformas de crowdfunding - Captable e Wiztartup permitem diversificação de portfólio ao acessar startups de diferentes setores.
  • Investimento direto ou anjo - Aporte individual de capital e expertise, acelerando o crescimento das startups.

Cenário e números do ecossistema brasileiro

O ecossistema de inovação no Brasil tem mostrado evolução consistente. Em 2021, startups nacionais receberam cerca de US$ 9,4 bilhões em investimentos, segundo a plataforma Distrito. Entre 2012 e 2017, o número de empresas cadastradas dobrou, passando de 2.519 para mais de 5.000. Hoje, existem aproximadamente 12 mil startups ativas.

Esses números refletem o interesse crescente de investidores locais e internacionais. A abertura de grandes companhias ao ecossistema de tecnologia e parcerias globais fortalece ainda mais esse mercado.

Programas públicos de apoio e incentivos fiscais

O governo brasileiro também desempenha papel importante no fomento à inovação. O Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) investiu R$ 46,6 milhões em 2014 e R$ 57,1 milhões em 2013. O programa Finep Startup oferece até R$ 2 milhões por projeto selecionado.

Além disso, a Lei do Bem possibilita recuperar no mínimo 20,4% do valor investido em pesquisa e desenvolvimento, fortalecendo o fluxo financeiro das empresas e reduzindo custos operacionais.

Perfil e critérios de análise

Selecionar oportunidades exige avaliação criteriosa. Investidores experientes observam aspectos fundamentais antes de aportar recursos:

  • Competência e experiência do time fundador - Histórico e habilidades complementares.
  • Tamanho e potencial de expansão do mercado-alvo - Avaliação realista da demanda.
  • Diferenciais competitivos e proteção da inovação - Patentes, licenças e barreiras de entrada.
  • Perspectivas de crescimento futuro sustentáveis - Projeções alinhadas ao modelo de negócios.

A inovação pode surgir da criação de novos produtos, melhorias de processos, agregação de tecnologias existentes ou ganho de produtividade em segmentos tradicionais.

Exemplos de oportunidades e participações

Por meio de plataformas de crowdfunding, investidores podem participar com valores entre R$ 400 mil e R$ 750 mil, adquirindo participações de 10% a 11,7%. É possível investir em fintechs, foodtechs, empresas de realidade aumentada e outras startups que lideram a transformação de seus setores.

Essa diversificação permite mitigar riscos, pois diferentes segmentos podem reagir de maneiras distintas a cenários econômicos e regulatórios.

Gerenciamento de riscos e desafios

Investimentos em inovação apresentam riscos elevados, sobretudo em estágios iniciais. A incerteza de mercado, mudanças regulatórias e necessidade de capital contínuo exigem acompanhamento rigoroso das empresas investidas.

Diversificação de portfólio e mitigação de riscos são estratégias essenciais. A combinação de aportes em diferentes modalidades e setores reduz a exposição a falhas isoladas e aumenta a chance de retorno positivo no médio e longo prazo.

Vantagens estratégicas e considerações finais

Investir em empresas inovadoras oferece vantagens únicas:

  • Acesso a mercados emergentes com rápido crescimento.
  • Potencial de retorno acima da média de investimentos tradicionais.
  • Contribuição para o desenvolvimento nacional de tecnologia e inovação.
  • Possibilidade de colaborar ativamente no sucesso das empresas.

Ao empreender nessa jornada, o investidor se torna parte de uma rede dinâmica, que estimula o progresso econômico e social. Com planejamento, análise criteriosa e paciência, é possível transformar capital em impacto positivo e ganhos expressivos.

O cenário brasileiro, cada vez mais favorável, convida investidores a explorarem novas fronteiras da inovação. Prepare-se, informe-se e participe dessa história de sucesso.

Maryella Faratro

Sobre o Autor: Maryella Faratro

Maryella Faratro